MEDICAMENTOS




Se você estiver fazendo um tratamento psicológico, o(a) profissional atuante na área de Psicoterapia perceberá  quando a utilização de remédios for essencial para você, visando remissão de sintomas de doença psíquica e melhoria da qualidade de vida.


Nestes casos (e em especial se houver suspeita de tentativa de autoextermínio) o(a) psicólogo(a) poderá/deverá encaminhá-lo(a) para avaliação médico-psiquiátrica. 


Ao comparecer à consulta, você deve estar preparado (a) para informar o nome dos remédios que está usando no momento e, se possível, os utilizados anteriormente.  Se preferir, leve suas anotações (quando você os tomou, para qual finalidade foram receitados, etc.). Há remédios de ação prolongada que necessitam de um período de tempo para que outras medicações sejam prescritas, a fim de que não ocorram interações medicamentosas - por isto é importante prestar estas informações ao (à) médico (a) que te assiste.

O uso de determinados fármacos, às vezes exige o monitoramento do paciente.

Pacientes com depressão (e suas comorbidades) e/ou ideação e comportamento suicída devem, por precaução, serem monitorados por psiquiatra e fazer acompanhamento com um(a) psicólogo(a), que são os profissionais capacitados a detectar a evolução (ou recidiva) destes sintomas, em especial no início e alteração das medicações.  

Os familiares e cuidadores devem estar atentos às mudanças (melhora, piora, reações adversas) ocorridas para relatarem aos especialistas que cuidam do caso. É através deste feedback que o(a) profissional da área de saúde decidirá se mantém/aumenta/reduz a dose, muda horários da medicação ou mesmo acrescenta medicação para reduzir os efeitos colaterais que por ventura surjam.

Decisões relacionadas a tratamento de pacientes em uso de medicamentos devem ser tomadas por profissionais autorizados, os quais irão considerar as condições gerais e características específicas de cada paciente. Portanto, para começar, mudar ou mesmo suspender uma medicação, é necessário antes conversar com o (a) médico (a) que te assiste, ao invés de tomar iniciativa por sua conta e risco.

De maneira geral, o organismo necessita de um tempo para adaptar-se à medicação ou à retirada desta. A interrupção da ingestão de inúmeros remédios deve realizar-se gradualmente, de forma a evitar o aparecimento de sintomas associados à descontinuação do tratamento (como insônia, náuseas vômitos, ou outros mais graves, dependendo do tipo de medicação).

Quando houver uma resposta terapêutica satisfatória ao remédio utilizado, o(a) médico(a)-psiquiatra poderá decidir pela continuidade do tratamento medicamentoso com a finalidade de prevenir recidivas do episódio inicial.

Medicamentos envolvem riscos, por isto somente devem ser utilizados quando estritamente necessários. As tarjas impressas em suas embalagens exprimem um alerta sobre o uso racional. O único profissional apto a determinar o momento, dosagem e tempo de uso de um fármaco é o(a) médico(a), que analisará as comorbidades e os remédios já utilizados pelo paciente, alertará, quando necessário, sobre a interferência de bebidas alcóolicas, drogas, alimentação com os medicamentos por ele prescritos e trocará informações com o(a) psicólogo(a) que acompanha o caso e participa do tratamento.

Há situações em que a medicação é uma grande aliada à Psicoterapia, como é o caso de Ciclotimia e Transtorno Afetivo Bipolar, na Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico e no Transtorno Obsessivo Compulsivo, dentre outros. Portanto, os remédios quando necessários são auxiliares ao tratamento psicológico. 

O Psicólogo e o Psiquiatra, ambos tem sua importância e seu papel e trabalham em conjunto sabendo que os quadros dos pacientes por eles tratados são complexos e muitas vezes comórbidos e que diagnosticados e tratados em sua fase inicial reduzem o risco de cronicidade. 

Concluindo, é importante ressaltar que para problemas que envolvam o psiquismo, o tratamento apenas a base de remédios é, uma solução extremamente precária e o tratamento psicológico é considerado indispensável. 

Por outro lado, casos onde, além dos sofrimentos psíquicos e conflitos emocionais, houver aspectos neurobiológicos envolvidos não se pode abrir mão do tratamento medicamentoso associado à Psicoterapia.

É bom lembrar que: 

1) Cada paciente reage de uma forma, portanto, o melhor medicamento é aquele que traz resultados positivos no tratamento de sua doença com os menores efeitos colaterais possíveis. 

2) As práticas de rir, amar e fazer psicoterapia (*), continuam sendo os melhores remédios naturais para prevenir doenças e são estratégicos para reduzir sintomas indesejáveis!


(*) Leia sobre Psicoterapia no link de ARTIGOS deste blog.